Dia
25 de Dezembro de 2018. Almoço de Natal em família. Após aproveitar os acepipes
– em especial o empadão de camarão feito pela minha mãe – deixo a mesa ainda
com muitos pratos a degustar e depois de um breve descanso repouso os meus
olhos sobre um livro que busca dissecar – não tão detalhadamente quanto parece,
mas muito mais do que eu havia feito até então – da trajetória deste ícone
musical do século XX: a banda britânica The Beatles.
A
obra que tive acesso – e que li inteira nesta mesma tarde - foi “The Beatles:
História, Discografia, Fotos” – Terry Burrows (escritor e músico inglês) – Ed.
Publifolha (SP) – edição de 2014 – 132 páginas – tem algumas qualidades e um
defeito a ser ressaltar. Dentre as qualidades está o amplo arsenal de imagens
retratando todas as épocas pelas quais a banda passou, desde a sua concepção,
criação, formação final que a consagrou – John Lennon, Paul McCartney, George
Harrison e Ringo Starr, crise e derrocada final. Estas imagens não se
circunscrevem apenas a fotos, mas incluem também reproduções de cartazes,
ingressos, playlists para shows,
autógrafos, etc.
https://www.cantodosclassicos.com/beatles-historia-discografia-fotos-e-documentos/ |
Agradável
surpresa, logo nas partes iniciais do livro, quando cada um dos membros acima
listados é apresentado, remete à origem familiar dos mesmos, seus pais e
pessoas que os criaram e como se inseriam no meio escolar. Isto nos faz lembrar
que àquela época – anos 60 – eram garotos (George Harrison se envolve com a
banda aos 16 anos, quando foi para a turnê em Hamburgo – tendo sido deportado
depois de volta à Inglaterra por ser menor de idade) ou jovens rapazes
iniciando uma vida, que tinham em comum a paixão pela música e em especial o
estilo que vinha crescendo – o rock’n
roll.
Ultrapassada
essa curiosidade antes não imaginada como sendo interessante – não me lembro de
ter sequer uma vez me preocupado com sua origem familiar ao pensar ou discutir
sobre os Beatles – os capítulos são divididos em épocas, algumas vezes saltando
mais de 1 ano, mas em meio à década de 60 vai praticamente de ano em ano de
modo a ser didático na evolução e influências sofridas pelos Fab Four. Os discos então produzidos são
indicados igualmente, com sua discografia ora relatada ora reproduzida em boxes
específicos. Sem dúvida um produto de grande porte – livro em capa dura, no
formato de 28 x 31,8 cm, pesando mais de 2 kg, o chamado “livro de mesa” – tem
quase como obrigação possuir um projeto gráfico de qualidade, e isso também é
um ponto alto.
Fica
claro para o leitor que alguns estereótipos estabelecidos não estão tão longe
assim da realidade. A banda tinha como eixo criativo Paul e John, em menor
medida George. Ringo acabou se destacando mais até nas produções
cinematográficas do que pelo talento à bateria, mesmo tendo vindo de uma
experiência bem sucedida numa banda anterior. Uma novidade para mim, pelo
menos, é a informação de que muitas das músicas assinadas pelos dois primeiros,
na verdade eram produção de um ou de outro, mas que se resolveu que assinariam
conjuntamente talvez no intento – inferência minha – de evitar uma briga de
vaidades entre os dois componentes mais criativos.
De
todo modo, o próprio autor do livro, Burrows, colocou da seguinte forma a
relação entre ambos e suas perspectivas, em entrevista dada ao jornal O Dia na
época do lançamento do livro no Brasil – reproduzida aqui a partir do site www.osgarotosdeliverpool.com.br:
“Não classificaria o Paul McCartney o beatle
mais talentoso, mas certamente ele foi o mais entusiasmado, então acho que,
mesmo se os Beatles nunca tivessem existido como grupo, ele ainda assim seria
muito bem sucedido na música. John Lennon, por outro lado, suspeito que ficaria
cansado de esperar o sucesso e teria seguido outra vertente artística. Quem
sabe?”.
Não
dá para escapar um sentimento de tristeza quando vai se aproximando o final do
livro, dado que sua narrativa foi construída em forma cronológica. É a
perspectiva de encerramento daquele sonho – e a visão de como as drogas (numa
medida muito menor do que em relação a outros artistas contemporâneos deles
naquela época), o dinheiro (ou não saber lidar com, após a morte do empresário
Brian Epstein), a Sra. Yoko Ono (não foi central, mas teve sua parcela num
momento em que Lennon estava aberto a sua influência por já estar com um
sentimento de esgotamento com o restante do grupo e querer coisas novas) e o
centralismo de McCartney na reta final - contribuíram para tal término. E ainda
fica a sensação de que, mesmo com toda a qualidade da narrativa, esta poderia
ser mais detalhada. O próprio Burrows, na entrevista acima citada, coloca que
ainda acha que “Shout! The Beatles in Their Generation”, de Philip Norman, é
melhor, sendo a publicação considerada como a “definitiva” biografia do grupo[1].
Para
mim, em particular, ainda teve um quê de maldade quando é exposta uma citação –
agora não me lembro de exatamente qual dos 4 (talvez George Harrison) – teria
colocado sobre a percepção da solidão e do peso daquele mundo do show business teria sobre os jovens,
Elvis em particular, enquanto nos Beatles, pelo menos, tinham os 4 para dividir
tal fardo e poderem usufruir do melhor que aquela vida poderia proporcionar.
Como um grande admirador do Rei – talvez mais do que dos Beatles, aquilo calou
fundo na alma. E aí, de repente, dá vontade cantar...
Help
I need
somebody
(Help) not just anybody
(Help) you know I need someone
(Help)
(Help) not just anybody
(Help) you know I need someone
(Help)
so much
younger than today
(I never needed) I never needed anybody's help in any way
(Now) but now these days are gone (these days are gone) I'm not so self-assured (and now I find)
Now I find I've changed my mind, I've opened up the doors
(I never needed) I never needed anybody's help in any way
(Now) but now these days are gone (these days are gone) I'm not so self-assured (and now I find)
Now I find I've changed my mind, I've opened up the doors
Help me if
you can, I'm feeling down
And I do appreciate you being 'round
Help me get my feet back on the ground
Won't you please, please help me?
And I do appreciate you being 'round
Help me get my feet back on the ground
Won't you please, please help me?
My
independence seems to vanish in the haze
(But) but every now and then (now and then) I feel so insecure (I know that I)
I know that I just need you like I never done before
(But) but every now and then (now and then) I feel so insecure (I know that I)
I know that I just need you like I never done before
Help me if you can, I'm feeling down
And I do appreciate you being 'round
Help me get my feet back on the ground
Won't you please, please help me?
And I do appreciate you being 'round
Help me get my feet back on the ground
Won't you please, please help me?
When I was
younger, so much younger than today
I never needed anybody's help in any way
(Now) but now these days are gone (these days are gone) I'm not so self-assured (and now I find)
Now I find, I've changed my mind, I've opened up the doors
I never needed anybody's help in any way
(Now) but now these days are gone (these days are gone) I'm not so self-assured (and now I find)
Now I find, I've changed my mind, I've opened up the doors
Help me if you can, I'm feeling down
And I do appreciate you being 'round
Help me get my feet back on the ground
Won't you please, please help me, help me, help me, ooh?
And I do appreciate you being 'round
Help me get my feet back on the ground
Won't you please, please help me, help me, help me, ooh?
Compositores: John Lennon / Paul Mccartney
Letra de Help! © Sony/ATV Music Publishing LLC
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